foram feitos grandes avanços nos últimos anos na nossa compreensão dos mecanismos patogenéticos das discrasias sanguíneas induzidas por fármacos, particularmente as que envolvem os glóbulos vermelhos. Entre estes últimos, a anemia hemolítica é a mais comum. A destruição dos glóbulos vermelhos induzida pelo fármaco pode ocorrer numa base imunitária ou através da interrupção do metabolismo dos glóbulos vermelhos. A base imunológica da hemólise induzida por fármacos é revista com ênfase nas manifestações clínicas e laboratoriais, no diagnóstico diferencial e nos principais mecanismos envolvidos. A hemólise oxidativa induzida pelo fármaco, tanto em indivíduos normais como em indivíduos com certas enzimopatias, nomeadamente deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase, está resumida. As drogas também podem produzir discrasias de glóbulos vermelhos atuando no compartimento eritroídeo imaturo. Alguns destes inibem o crescimento eritrocitário por mecanismos ainda mal compreendidos. Outros exercem efeitos metabólicos mais específicos nos precursores eritrocitários. Estes incluem medicamentos que interferem com a síntese de ADN causando eritropoiese megaloblástica e aqueles que perturbam a função mitocondrial e a síntese de heme manifestada por eritropoiese sideroblástica. Uma breve consideração da biossíntese heme e da ação das drogas que estão associadas com anemia sideroblástica, incluindo os agentes antituberculosos, chumbo, álcool e cloranfenicol é apresentado. Por último, quando pertinente, inclui-se uma lista actualizada das drogas envolvidas nas discrasias dos glóbulos vermelhos.
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